Início2024-07-25T14:59:47+00:00

Assinatura de acordo de digitalização com a Paróquia da Ribeira Brava

No passado dia 21 de junho foi assinado um acordo que prevê a digitalização integral de oito livros da paróquia da Ribeira Brava e a sua divulgação em linha, na plataforma de pesquisa de arquivos do Arquivo e Biblioteca da Madeira.

Este conjunto documental, com datas entre os séculos XVII e XIX, inclui livros de várias confrarias (Almas, Nossa senhora do Carmo e São Bento), a pauta das missas e sufrágios da Colegiada de São Bento e das ermidas da Ribeira Brava, os livros de índices de batismos e livros com provimentos, cartas pastorais e circulares.

Após a digitalização, os documentos originais serão devolvidos à paróquia da Ribeira Brava.

Assinatura de contrato de doação de arquivo audiovisual de José Manuel Martins Soveral Ferreira

No passado dia 16 de junho foi assinado um contrato de doação para a entrada do arquivo audiovisual de Manuel Martins Soveral Ferreira. Este conjunto documental é constituído por 6 bobines de 8 mm com cenas do quotidiano familiar, passeios na ilha da Madeira e férias em Portugal Continental e Açores, entre outros, datados do final da década de 1950 e, sobretudo, da década de 1960.

José Manuel Martins Soveral Ferreira nasceu em Lisboa e, no final da década de 1950, veio para a Madeira exercer a atividade de topógrafo na Delegação Regional da Madeira do Instituto Geográfico e Cadastral, então designada como “Missão na Madeira do Instituto Geográfico e Cadastral”. José Manuel Martins Soveral Ferreira tinha o hábito de levar a sua câmara de filmar quando executava os levantamentos cadastrais. Faleceu em 1998.

O acervo fílmico foi doado pelo seu filho, Alexandre Bernardo de Freitas Soveral Ferreira.

Projeto MEMCO apresenta resultados e abre exposição

MEMCO – Memórias do Mar, Património em Comunidade

A Secretaria Regional de Turismo e Cultura, através da Direção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira (DRABM), recebe, no dia 23 de junho, às 17h30, o evento final do projeto MEMCO, na sequência de uma parceria estabelecida com os promotores desta iniciativa.

Na ocasião será inaugurada a exposição MEMCO – Memórias do Mar, Património em Comunidade, seguindo-se a apresentação dos resultados finais do projeto a todos os parceiros.

Esta foi uma iniciativa de mediação cultural decorrida durante 12 meses (Junho 2022 – Junho 2023) orientada para a pesquisa, valorização e reinterpretação criativa do património cultural de comunidades piscatórias madeirenses nos concelhos do Funchal, Calheta e Machico. Além da pesquisa antropológica e do levantamento etnográfico empreendidos em cada concelho, entrevistaram-se diferentes elementos das comunidades e recolheram-se testemunhos. Foi ainda possível reunir filmes amadores, documentos e fotografias de álbuns pessoais e familiares, entre outros objetos relacionados com a identidade marítima local. Como resultado deste processo, e na sequência da realização de três residências criativas, foram construídos e serão disponibilizados no âmbito deste projeto acervos digitais comunitários do Paul do Mar, do Funchal e do Caniçal.

A exposição MEMCO – Memórias do Mar, Património em Comunidade ficará patente no átrio do Arquivo e Biblioteca da Madeira até ao final de setembro. 

Divulgação de obras em domínio público

Rindo e chorando, de Luzia, pseudónimo de Luísa Susana Grande Freitas Lomelino

A DRABM divulga junto dos seus leitores obras em Domínio Público.

Em maio, destacamos Rindo e chorando, de Luziapseudónimo de Luísa Susana Grande Freitas Lomelino. Esta obra integra a biblioteca particular de Rebelo Quintal. Trata-se do segundo livro que publicou e descreve a sociedade da sua época.

Esta monografia pode ser consultada, presencialmente, na sala de leitura geral do Arquivo e Biblioteca da Madeira, ou em formato digital, através do nosso catálogo bibliográfico e da RNOD – Rede Nacional de Objetos Digitais.

Seminário DRABM/CEHA-AV

História do Municipalismo: Reflexões e Perspetivas

No passado dia 26 de maio a DRABM, através do CEHA-AV, promoveu o seminário História do Municipalismo: Reflexões e Perspetivas, com o objetivo de proporcionar um espaço de divulgação e partilha de conhecimentos e experiências.

Este seminário contou com a participação: da Prof.ª Doutora Maria Helena da Cruz Coelho, professora aposentada da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e investigadora integrada do Centro de História da Sociedade e da Cultura; da Dr.ª Fátima Freitas Gomes, professora aposentada do ensino secundário e investigadora; e da Dr.ª Ana Madalena Trigo de Sousa, investigadora auxiliar, da carreira de investigação científica, do CEHA-AV.

Refira-se que em outubro de 1998, CEHA, sob a iniciativa de Alberto Vieira, organizou o Seminário Internacional O Município no Mundo Português, com o intuito de suscitar o debate entre as diversas formas de criação, evolução e funcionamento da instituição municipal no mundo português. Em 2001 e 2005, o CEHA voltou a promover o encontro dos especialistas desta temática, ficando patente a importância da mesma no domínio da História Política e Institucional.
O legado destes eventos traduziu-se no desenvolvimento desta linha de investigação no CEHA, numa abordagem circunscrita à Madeira, e na edição de várias obras através de uma coleção dedicada ao Municipalismo. De igual modo relevante, foi o projeto desenvolvido por José Pereira da Costa de publicação das vereações do Funchal, séculos XV-XVI, e de Santa Cruz, século XVI, permitindo o acesso dos investigadores a este importante conjunto documental.

Acesso às comunicações do Seminário História do Municipalismo: Reflexões e Perspetivas

Conferência

João Fernandes Vieira: Um Percurso Multiétnico entre a Identidade e a Consciência

No passado dia 29 de maio o CEHA-AV acolheu a conferência João Fernandes Vieira: Um Percurso Multiétnico entre a Identidade e a Consciência, por Samuele A. J. Goury, doutorando pela Universidade de La Laguna e que está a cumprir um estágio Erasmus+ no CEHA-AV.

A conferência apresenta uma visão da trajetória pessoal de João Fernandes Vieira. Através da análise epistemológica da identidade e da consciência chegar-se-á a definir o que é uma interpretação correta da “personalidade narrativa”, que consiste numa dimensão pessoal (possivelmente também aplicável ao nível coletivo) incluindo a identificação e a valorização do sentido/desconforto de pertença.
A história de João Fernandes Vieira presta-se à aplicação desta metodologia multidisciplinar por ser composta de fases-contexto que o viram emancipar-se dentro de uma sociedade aristocrática, oligárquica, classista e discriminatória, se não ao nível da raça, certamente por “cor”. O espaço atlântico do século XVII é marcado pelo tráfico de escravos – um fator chave na evolução antropológico-social –, mas foi a gestão hábil das formas dinâmicas de dependência que permitiu a Vieira sublimar a ambição pessoal, favorecida (se não exclusivamente concedida) pela instalação de um novo conceito de economia baseado em capitais.

Acesso à conferência João Fernandes Vieira: Um Percurso Multiétnico entre a Identidade e a Consciência

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