
DRBL disponibiliza novo lote de 5.434 registos descritivos de batismos
Após tratamento e descrição está disponível na plataforma de pesquisa de arquivos um novo lote de 5.434 registos descritivos de batismos de paróquias da Madeira, datados entre 1728 e 1863.
– Estreito de Câmara de Lobos, num total de 4 livros (1728-1863)
– São Gonçalo, num total de 2 livros (1840-1859):
– Porto Moniz, num total de 1 livro (1854-1859)

ABM, paróquia do Estreito de Câmara de Lobos, Livro 4.º de registo de baptismos da paróquia do Estreito de Câmara de Lobos (1728-1746), cota 336.
DRABL disponibiliza novo lote de processos judiciais de tribunais da Madeira | 1875 a 1935
Após tratamento e descrição a DRABL disponibiliza na plataforma de descrição de arquivos um novo lote de processos judiciais de tribunais da Madeira, num total de 4724 registos descritivos, datados entre 1875 e 1935.
– Tribunal Judicial da Comarca de São Vicente: autos cíveis de inventário obrigatório (1876-1933) e autos cíveis de inventário entre maiores (1879-1926), num total de 1572 registos. 1.º lote deste tribunal em linha.
– Tribunal Judicial da Comarca da Ponta do Sol: autos cíveis de inventário obrigatório (1875-1935) e autos cíveis de inventário entre maiores (1876-1934), num total de 1566 registos: Acesso em linha
– Tribunal Judicial da Comarca do Funchal: autos cíveis de inventário obrigatório (1876-1935), autos cíveis de inventário entre maiores (1877-1935) e autos cíveis de embargos de terceiro (1885-1930), num total de 1438 registos. Estreia em linha da série embargos de terceiro. Acesso em linha
– Tribunal Judicial da Comarca de Santa Cruz: autos cíveis de inventário obrigatório (1876-1935), autos cíveis de inventário entre maiores (1887-1933) e autos cíveis de embargos de terceiro (1880-1882), num total de 148 registos. Estreia em linha da série embargos de terceiro. Acesso em linha

Autos cíveis de inventário obrigatório dos bens que ficaram por morte de António Rodrigues Antunes, sendo inventariante a sua mulher Maria de Freitas, moradora no Pico do Cedro Gordo, freguesia de São Roque do Faial (1922-1923). ABM, Tribunal Judicial da Comarca de São Vicente, cx. 6063, n.º 1.
Assinatura do contrato de depósito do arquivo fotográfico de Miguel Perestrelo
A Secretaria Regional de Turismo, Ambiente e Cultura, através da Direção Regional dos Arquivos, das Bibliotecas e do Livro (DRABL) assinou a 8 de julho o contrato de depósito do arquivo fotográfico de Miguel Perestrelo. Este arquivo é constituído por 82 unidades de instalação, com um total superior a 65 mil espécies fotográficas. Reúne fotografias tiradas no âmbito da sua atividade profissional enquanto fotógrafo, nomeadamente, trabalhos sobre hotéis, vinho e vindima e festividades (Carnaval, Festa de Flor e Fim de Ano). Destaque-se as diversas reportagens de eventos desportivos, sobretudo, desportos de mar e automobilísticos, e ainda um grande número de fotografias da floresta Laurissilva.
Dimensão: 82 unidades de instalação (63 pastas e 19 caixas); c. 64576 diapositivos e negativos em película, 580 provas fotográficas e 335 CD
Datas extremas: [década de 1990 / década de 2000]


Dia Regional dos Arquivos e do Património Documental
DRABL promove homenagem ao escritor João França
No âmbito do Dia Regional dos Arquivos e do Património Documental, a Direção Regional dos Arquivos, das Bibliotecas e do Livro (DRABL) promove a exposição João França – Um Escritor Madeirense. A abertura ao público decorreu no dia 2 de julho, às 16h30, no Arquivo e Biblioteca da Madeira (ABM), seguindo-se uma mesa-redonda às 17h00 que juntou investigadores, arquivistas e familiares do autor.
O evento constituiu uma homenagem ao escritor, dramaturgo e jornalista madeirense João França, uma figura central da cultura literária regional.
A mostra patente no átrio do ABM reúne parte do espólio arquivístico e bibliográfico do autor e oferece uma visão representativa da sua produção literária, destacando o valor patrimonial e o potencial de investigação da sua obra.
Na mesa-redonda pretende-se abordar o legado de João França e o papel do património documental na valorização da literatura madeirense. São convidados a professora universitária Leonor Coelho, o investigador Duarte Mendonça, a arquivista Jenny Spínola e João Martins, familiar do escritor.
João França nasceu, em 1908, no Funchal e faleceu, em 1996, em Lisboa. Jornalista e escritor, deixa-nos um legado relevante no campo do património cultural e literário do século XX. Reconhecido pela sua produção romanesca e pelo seu contributo para o teatro, João França destaca-se, ainda, na poesia, na crónica e no trabalho que desenvolveu na Imprensa, quer na Madeira, quer em Portugal continental. Na ilha natal, trabalhou para vários jornais, tais como A Ilha, Comércio do Funchal e Re-nhau-nhau.
Em 1938, fixa residência em Lisboa. Na capital, começou por colaborar com os jornais A Noite e o Jornal da Tarde. A partir de 1944, começa a trabalhar no matutino O Século onde se afirmará como repórter internacional. Foi neste jornal que se cruzou com Aquilino Ribeiro, a quem solicitou o prefácio que acompanha o livro Ribeira Brava.
A exposição em sua homenagem ficará patente no átrio do ABM até ao final de outubro. O seu acervo documental e bibliográfico estará disponível à consulta nas salas de leitura do ABM.


Assinatura pública do auto de doação que formalizou a entrada do arquivo e biblioteca do escritor madeirense João França. O acervo foi entregue à Região pelo Sr. Ivo Sinfrónio Martins, sobrinho do escritor. 11 de outubro de 2016.
Dia Regional dos Arquivos e do Património Documental – 27 de junho
Resolução n.º 456/2020, de 15 de junho
Institui o dia 27 de junho, data da criação do Arquivo Distrital do Funchal, como o Dia Regional dos Arquivos e do Património Documental.
Considerando que o dia 27 de junho marca a data da criação, em 1931, do Arquivo Distrital do Funchal, foi instituído, nesta data, o Dia Regional dos Arquivos e do Património Documental. Ainda que a UNESCO, por iniciativa do Conselho Internacional de Arquivos, consagre o dia 9 de junho como Dia Internacional dos Arquivos, justificou-se criar uma data comemorativa para a Região Autónoma da Madeira, uma vez que esta é detentora de um vastíssimo património arquivístico e documental, de enorme riqueza, que representa o testemunho da memória coletiva de todos nós, passado de geração em geração.
Por outro lado, importa reconhecer a inegável importância da dimensão patrimonial dos arquivos, enquanto testemunho da história coletiva da Região e veículo da sua memória contínua. Os arquivos são fator de identidade, cultura, educação e conhecimento e, nessa medida, o património documental e arquivístico regional deve ser promovido como instrumento ao serviço da cidadania e da afirmação e projeção das gerações do presente e vindouras, ante os desafios globais com que a sociedade madeirense se depara.
A História da Saúde e da Doença em Portugal nos Séculos XIX e XX |
20 de junho de 2025 | 15h00 – 18h00 |
Centro de Estudos de História do Atlântico – Alberto Vieira (CEHA-AV)
No próximo dia 20 de junho de 2025, entre as 15h00 e as 18h00, a DRABL, através do Centro de Estudos de História do Atlântico – Alberto Vieira (CEHA-AV), acolhe o Seminário «A História da Saúde e da Doença em Portugal nos Séculos XIX e XX».
Pretende-se abordar e debater a saúde pública e as enfermidades em Portugal no século XIX e nos princípios do século XX.
Este seminário conta com a participação da Prof.ª Doutora Laurinda Abreu (Universidade de Évora), com um admirável percurso de investigação em Portugal no que concerne à temática em apreço, e do Dr. Nélio Pão, ex-colaborador do CEHA-AV e atualmente Chefe de Divisão de Desenvolvimento Económico-Cultural da Câmara Municipal de Santa Cruz, que tem se debruçado sobre História da Ciência e da Doença na Madeira nos séculos XIX e XX.
Deve ser referido que o seminário será gravado para posterior divulgação; as duas conferências que o compõem serão alojadas no canal do Youtube da DRABL.
Laurinda Abreu é Professora no Departamento de História da Universidade de Évora. Tem investigado e publicado sobre a história da assistência e da saúde em Portugal na época moderna, área onde também tem coordenado diversos projetos de investigação.
Na sua conferência, intitulada «Fome, Miséria e Epidemias em Portugal: Desafios Políticos e Estratégias de Intervenção (1850-1918)», Laurinda Abreu nota que a história de Portugal no século XIX e no início do século XX é marcada por surtos epidémicos, que revelam não só a fragilidade das infraestruturas de saúde como a extensão da miséria e da fome que afligiam as populações; evidenciam, igualmente, as dificuldades dos governos em implementar medidas eficazes de combate às crises sanitárias. Pretende realçar os indicadores socioeconómicos dos relatórios do Conselho de Saúde Pública da década de 1850, imprescindíveis nas decisões governamentais durante a crise de 1884-1886, e também as constantes interações entre os governadores civis e as autoridades locais com o poder central, nos meses decisivos de setembro a dezembro de 1918. O seu objetivo é avaliar como estes indicadores influenciaram as políticas de preparação e de resposta às crises sanitárias em ambos os períodos. Adicionalmente, questionar-se-á até que ponto as ações governamentais determinaram os resultados das duas emergências de saúde pública em análise.

Nélio Pão é licenciado em Biologia pela Universidade da Madeira. É Chefe de Divisão de Desenvolvimento Económico-Cultural da Câmara Municipal de Santa Cruz. Desenvolveu e publicou diversos estudos sobre a História da Ciência no Arquipélago da Madeira e, mais recentemente, sobre a primeira epidemia de cólera que afetou a região em 1856.
Na sua conferência «A Cólera (e Outras Doenças) no Arquipélago da Madeira (1826-1875)», Nélio Pão refere que a cólera, também conhecida como cólera morbus ou cólera-asiática, foi a epidemia dominante do século XIX. Na Madeira, o surto de 1856, responsável pela morte de mais de 7000 dos seus habitantes, foi, pelo seu carácter fulminante, a mais trágica epidemia a atingir este espaço arquipelágico. O palestrante pretende – a propósito desta epidemia e ainda, a título complementar, de outras doenças infecciosas – abordar a assistência hospitalar organizada, bem como as medidas preventivas e curativas divulgadas pela imprensa local da época, que visavam, sobretudo, sensibilizar e instruir a população sobre os comportamentos a adotar, minimizando assim os riscos de contágio e combatendo a epidemia. Simultaneamente, com recurso aos dados dos registos paroquiais de óbitos das freguesias de Machico, Porto Santo e São Martinho, pretende analisar os números de óbitos do ano de 1856, enquadrando-os no contexto da mortalidade do século XIX, de forma a compreender como esta epidemia afetou essas três freguesias, e identificar padrões e particularidades dos diferentes espaços. Esta análise permitirá uma compreensão mais aprofundada da resposta da sociedade local aos desafios de saúde pública da época, contribuindo para o conhecimento histórico das epidemias e das estratégias adotadas para a mitigação dos seus impactos.
