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Investimento histórico ao abrigo do PRR no Arquivo e Biblioteca da Madeira

A Secretaria Regional de Turismo e Cultura, através da DRABM, no âmbito de eixos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que visam a simplificação e a digitalização dos serviços públicos e a transição digital da administração pública da Região, está a implementar o projeto “Preservação digital do património documental”.

O projeto visa diversos objetivos, entre os quais se destacam a preservação do património documental da RAM por via da sua desmaterialização, o aumento da taxa de digitalização do extenso acervo à guarda da DRABM (que ascende atualmente a cerca de 27 km lineares de documentos), o incremento de informação e conteúdos digitais que replicam o património arquivístico e bibliográfico regional disponíveis em linha e em acesso livre, a otimização da resposta aos leitores do Arquivo e Biblioteca da Madeira e a disponibilização de novas soluções em matéria de recursos e plataformas virtuais de pesquisa. Assim, pretende-se maximizar a acessibilidade e visibilidade, dentro e fora da Região, do património cultural madeirense e potenciar a investigação e a produção de conhecimento, designadamente no âmbito da história, da cultura e do património insulares.

A iniciativa “Preservação digital do património documental” enquadra-se numa estratégia integrada e de longo prazo, que tem vindo a ser perseguida pela DRABM, de conservação, preservação e divulgação por via digital do património documental histórico e bibliográfico da Região, e recorre, fundamentalmente, a três expedientes: o reforço de meios tecnológicos de captura e desmaterialização de suportes documentais; a desmaterialização de conjuntos documentais de especial valor histórico, informativo e probatório e a implementação de plataformas virtuais para leitura, acesso e divulgação/dinamização de espécies documentais e bibliográficas.

O mesmo projeto desdobra-se em vários subprojetos que visam adquirir os seguintes bens e serviços: digitalização de documentos em diferentes suportes (papel, filme, vidro e película); implementação de software de criação e gestão de uma biblioteca digital; remodelação do sítio web da DRABM; aquisição de equipamentos de digitalização.
A componente financeiramente mais relevante do projeto, que originou já adjudicações com um preço contratual total de quase 1,2 milhões de euros, refere-se à aquisição de serviços de digitalização, incluindo serviços acessórios como planificação e conservação curativa, acondicionamento de suportes e tratamento ou restauro digital de imagens.

São cinco os universos documentais a intervencionar neste âmbito, nomeadamente os livros de matrizes prediais das Repartições de Finanças da Madeira dos séculos XIX e XX (documentação de grande utilidade para o cidadão, sendo objeto de grande procura e encontrando-se, em simultâneo, em mau estado de conservação), os processos de testamentos e legados pios dos séculos XVII a XIX (conjunto documental volumoso que integra os arquivos do Juízo dos Resíduos e Capelas, do Juízo do Resíduo Eclesiástico e da Câmara Municipal do Funchal. Documentação de grande interesse para a investigação histórica), uma coleção histórica de jornais madeirenses (compreende cerca de 260 títulos, incluindo o primeiro periódico madeirense, o Patriota Funchalense, entre outros periódicos regionais que se publicaram no arquipélago desde a década de vinte do século XIX), suportes fílmicos (várias centenas de bobines de 8, 16 e 35 mm, que integram o acervo do Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicente’s e que consubstanciam um importante património fílmico histórico relativo à Madeira) e negativos fotográficos em vidro e película. Neste último caso, tendo a DRABM à sua guarda um vastíssimo acervo fotográfico que se estima em cerca de 4 milhões de negativos e provas fotográficas (incluindo todo o acervo do Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicente’s), urge continuar o esforço da sua desmaterialização, que tem vindo a ser empreendido desde o ano de 2017, sendo que se irá privilegiar no âmbito do projeto a digitalização de negativos dos seguintes fundos: Diário de Notícias da Madeira, Foto Figueiras, Photographia Vicente, Perestrellos Photographos e Carlos Fotógrafo.

Para além dos cinco projetos de digitalização dos conjuntos documentais referidos, já em execução, que irão fazer crescer o acervo digital da DRABM em quase 1 milhão de ficheiros e aproximar dos 10 milhões de ficheiros o volume global do acervo digital gerido pela DRABM, o projeto “Preservação digital do património documental” contempla ainda a modernização e remodelação da estrutura e funcionalidades do sítio web da DRABM e a atualização do seu layout, para além da implementação de uma nova biblioteca digital e solução de repositório digital para arquivos e bibliotecas, sendo que estes dois projetos já se encontram também em execução.

Apresentação da Revista Arquivo Histórico da Madeira, Nova Série, n.º 6

26 de março

A Direção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira (DRABM), através do Centro de Estudos de História do Atlântico – Alberto Vieira (CEHA-AV), apresenta no dia 26 de março, pelas 17:00, no auditório do CEHA-AV (rua das Mercês, n.º 8), o n.º 6 da revista Arquivo Histórico da Madeira, Nova Série.
À semelhança dos anteriores, este número, respeitante ao corrente ano de 2024, é publicado em suporte digital e fica alojado em linha, na página institucional da DRABM – https://ahm-abm.madeira.gov.pt/ –, permitindo o acesso livre e gratuito. A revista continua a cumprir elevados padrões de qualidade científica e, desta feita, conta com 17 artigos, frutos da colaboração de vários autores, que ficam para a posteridade como alicerces robustos da sempiterna edificação do conhecimento – sobre a Madeira, as Ilhas Atlânticas, o Atlântico e a Globalização.

A partir deste número, a revista Arquivo Histórico da Madeira, Nova Série, passa a estar indexada e referenciada nas seguintes bases de dados internacionais de publicações periódicas científicas: Dialnet; RCAAP – Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal; e Open Academic Journals Index.

Capa: Reprodução fotográfica (por Gregório Cunha) de uma pintura (óleo sobre tela) de Élia Pimenta, sem título e sem data. Coleção do MUDAS.Museu de Arte Contemporânea da Madeira.

Exposição “O Bordado Madeira e o Vestuário: Um Périplo por Arquivos, Documentos e Representações”

CEHA-AV | abril a setembro

A Direção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira (DRABM), através do Centro de Estudos de História do Atlântico – Alberto Vieira (CEHA-AV), inaugura no dia 03 de abril, pelas 17:00, na sala de exposições do CEHA-AV (rua das Mercês, n.º 8), o a exposição  O Bordado Madeira e o Vestuário: Um Périplo por Arquivos, Documentos e Representações”.

A exposição, com curadoria interna de Martinho Mendes, tem como ponto de partida a integração de duas realidades documentais e informativa e propõe uma visão abrangente do bordado Madeira enquanto objeto de estudo histórico, com especial ênfase na sua relação com o vestuário ao longo das épocas.

Por um lado, destaca-se o arquivo da extinta casa de bordados João Eduardo de Sousa, Lda., recolhido pelo CEHA-AV em 2019 e atualmente em processo de tratamento arquivístico.
Por outro lado, visa-se explorar o conteúdo de quatro catálogos da coleção “Madeira – Memórias Fotográficas”, que estão no prelo e têm os títulos: “O Bordado: Manufactura e Mercado (primeira metade do século XX)”; “O Bordado na Sociedade (de finais do século XIX até meados do século XX)”; “Vestuário (segunda metade do século XIX e início do século XX)”; e “Vestuário (entre 1920 e a década de 1940)”. Os catálogos tiveram por principais autoras Maria Cristina Martins (volumes sobre o bordado) e Odete Souto (volumes acerca do vestuário).

Desenho original de um ramo de cravos para bordado Madeira, aplicado a uma peça de vestuário, datado de entre 1961 e 1970. Reprodução digital de documento do arquivo da Casa de Bordados João Eduardo de Sousa, Lda., depositado no Centro de Estudos de História do Atlântico – Alberto Vieira, da Direção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira, em processo de tratamento arquivístico.

Acrescem ainda materiais de diversa ordem que foram amavelmente cedidos pelas seguintes personalidades e instituições: Clara Leça, David Oliveira, Helena Araújo, Henrique Teixeira, Hugo Santos, Isabel Santa Clara, P.e José Martins Júnior, Manuela Aranha, Martinho Mendes, Rui Camacho, Sara Gomes e D. Teodoro de Faria; Instituto do Vinho, Bordado e Artesanato da Madeira, Museu de Arte Sacra do Funchal, Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicente’s, Núcleo Museológico Mary Jane Wilson e Paróquia de São Pedro – Ribeira Seca.

A exposição estará aberta ao público, sendo de acesso gratuito, até 13 de setembro de 2024.

Assinatura do contrato de doação do arquivo fotográfico do Jornal da Madeira com a Direção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira
20 de fevereiro

O acervo doado é constituído por cerca de 500 mil espécies fotográficas, entre dossiês de negativos dos repórteres fotográficos, provas fotográficas (fotos impressas) e CDs com arquivo fotográfico digital. Reúne as fotografias referentes às diversas personalidades e temáticas utilizadas na edição diária do Jornal da Madeira entre a década de 1980 e o início da década de 2010. Deram entrada 55 pastas, 41 caixas e 10 arquivadores (ficheiros).

Na cerimónia estiveram presentes Eduardo Jesus, Secretário Regional de Turismo e Cultura, Nuno Mota, Diretor Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira, Agostinho Silva, gerente executivo da EJM – Empresa Jornalística da Madeira, Lda, e Miguel Silva, diretor do JM.

Assinatura do contrato de doação da biblioteca de João Arménio Augusto com a Direção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira | 04 de março

A assinatura do contrato de doação da biblioteca de João Arménio Augusto decorreu no passado dia 4 de março, no auditório do ABM.

A biblioteca é constituída, na sua larga maioria, por banda desenhada e por uma coleção de primeiros números de publicações periódicas (jornais e revistas). Inclui ainda um pequeno conjunto de livros técnicos sobre banda desenhada e um outro conjunto de livros da autoria do cronista Luís Fernando Veríssimo. Este acervo bibliográfico foi doado pelos filhos de João Arménio Lopes Augusto e assinou o contrato de doação o seu filho, Ricardo Augusto.

Dimensão: 3281 espécies bibliográficas e 33 maços de tiras de banda desenhada
Datas extremas: década de 1930 / década de 2010

Nota biográfica

João Arménio Lopes Augusto, nasceu a 20 de agosto de 1947 em Moscavide e licenciou-se em Engenharia Química pelo Instituto Superior Técnico.

Foi membro do Conselho Diretivo da Escola Secundária Jaime Moniz, tendo sido diretor do anexo desta escola na rua das Mercês. Foi ainda diretor do Centro de Formação Profissional da Madeira, diretor geral da Empresa Serlima e da Empresa de Formação Augusto & Augusto. Profissionalmente, destacou-se sobretudo na área da formação com mais de 12500 horas de formação.

Tinha como hobbies o colecionismo (filatelia, numismática, revistas e jornais, entre outras) e a leitura, tendo uma extensa biblioteca com foco especial na área da banda desenhada.

Sessões de histórias no ABM com interpretação em Língua Gestual Portuguesa

A Direção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira, em parceria com Divisão de Acompanhamento à Surdez e Cegueira, da Direção Regional de Educação promove, a partir de março de 2024, o acompanhamento das sessões de histórias ABM Miúdos, com interpretação em Língua Gestual Portuguesa (LGP).
As primeiras sessões, aptas para crianças surdas e as suas famílias, estão previstas para 2 e 16 de março, às 11h00, na sala infantojuvenil. As histórias apresentadas pela equipa do ABM serão traduzidas e interpretadas para LGP, permitindo a participação ativa das crianças surdas. Este projeto acontecerá duas vezes por mês, estando devidamente identificado no calendário infantojuvenil do ABM e divulgado nos canais de informação do ABM (página institucional e redes sociais).

O projeto tem como grandes objetivos sensibilizar para a importância e potencial da Língua Gestual Portuguesa enquanto língua materna da Comunidade Surda e criar oportunidades de interação entre crianças surdas e ouvintes, promovendo a troca de experiências e uma participação mais ativa na comunidade. Pretende também dar a conhecer os serviços disponibilizados pelo Arquivo e Biblioteca da Madeira, criando ferramentas para a utilização dos serviços de forma autónoma ao longo do percurso formativo/educativo das crianças surdas.
As equipas do ABM e da DRE esperam que esta iniciativa incentive a Comunidade Surda (pais e crianças) para uma participação mais ativa, que fomente o gosto pela leitura e quebre algum tipo de barreira que possa existir no acesso a este espaço, que se destina a todos. Ambicionamos ainda que a comunidade ouvinte se familiarize um pouco mais com a LGP e com a realidade das crianças surdas, cumprindo-se os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável pelos quais se regem as bibliotecas públicas, tendo em vista uma sociedade cada vez mais inclusiva.

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