
Biblioteca implementa serviço de pick up de livros
A partir de fevereiro o Arquivo e Biblioteca da Madeira implementa um serviço de pick up de livros. O objetivo deste projeto é agilizar o processo de seleção e entrega de monografias para empréstimo domiciliário, evitando o acesso presencial às salas de leitura geral e infantojuvenil.
Para usufruir deste serviço: escolha os livros que pretende no nosso catálogo, disponível em https://biblioteca-abm.madeira.gov.pt/ . Contacte-nos através do número 291 145 310 ou do email biblioteca.drabm.srtc@madeira.gov.pt e indique o nome, número de leitor e os títulos que pretende. Aguarde o nosso contacto de confirmação do pedido e levante os seus livros na receção do edifício.
Encontro com um Livro
Requisite e deixe-se surpreender!




Horários
Até 21 de fevereiro
Informamos que o Arquivo e Biblioteca da Madeira manterá até 21 de fevereiro os horários reduzidos de atendimento ao público.
As salas de leitura da Biblioteca, Arquivo e o Serviço de Certidões estarão abertos, de segunda a sexta-feira, entre as 09h30 e as 15h20.
As salas de leitura da Biblioteca estarão abertas ao sábado entre as 9h30 e as 15h20.
DRABM prepara plano de intervenção e apoio às bibliotecas municipais

Formação, enriquecimento de coleções, dinamização cultural e integração dos acervos num catálogo coletivo integrado e acessível em linha
A SRTC, através da Direção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira (DRABM), delineou um plano de intervenção e apoio às bibliotecas municipais da RAM a ser implementado ao longo de 2021. O plano prevê um conjunto de iniciativas que visam promover a oferta de leitura por parte das bibliotecas municipais da RAM e reforçar o seu funcionamento em rede.
O enriquecimento de fundos e coleções, a definição de procedimentos técnicos e a disponibilização de formação especializada, o desenvolvimento de estratégias de animação e promoção do livro, o crescimento do catálogo coletivo de bibliotecas da Madeira (CCBM) e a disponibilização de novos suportes para a leitura, com o recurso às tecnologias da informação, são os principais objetivos.
Para delinear este plano de ações, a DRABM, na sua qualidade de órgão coordenador da Rede Regional de Bibliotecas Públicas da Madeira (RRBPM), realizou, ao longo do ano transato, uma auscultação à situação das bibliotecas municipais da Região. A informação recolhida permitiu identificar os principais problemas e carências destas estruturas, essenciais à promoção do livro e da leitura, e definir prioridades e áreas de atuação.
Nessa medida, iniciam-se agora os contactos com as autarquias locais, definindo-se uma calendarização de ações. Ao longo do ano estão previstas formações no âmbito da descrição e catalogação de Material Não Livro, da catalogação de publicações periódicas e da indexação. Em julho, será dinamizado um workshop dedicado ao serviço educativo em bibliotecas. A DRABM irá igualmente ceder espécies bibliográficas às bibliotecas aderentes e integradas no CCBM, procurando o crescimento e a diversificação das suas coleções e a facilitação do empréstimo interbibliotecas, bem como facultar orientação no que concerne à organização e qualificação dos espaços de leitura. No âmbito do objetivo de fomentar o efetivo funcionamento em rede das bibliotecas da RAM, é indispensável a interoperabilidade dos respetivos sistemas de informação, a promover por via da implementação de um software único de gestão de bibliotecas, igualmente previsto na intervenção a realizar pela DRABM em 2021.
Estas ações de apoio às bibliotecas municipais da RAM serão desenvolvidas pela recém-criada Direção de Serviços de Gestão e Tratamento de Bibliotecas da DRABM, no âmbito das suas funções de coordenação da RRBPM.
DRABM disponibiliza obras em domínio público
Jaime Sanches Câmara
DRABM disponibiliza arquivo de João Higino Ferraz
A Direção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira torna acessível o arquivo de João Higino Ferraz, estando a sua informação descritiva já disponível na plataforma de pesquisa em linha.
Este fundo documental é principalmente constituído por documentos pessoais, documentos relativos à atividade profissional de João Higino Ferraz e por documentos relativos ao Engenho do Dr. Catanho de Meneses. Entre estes conjuntos documentais, contam-se correspondência recebida e expedida, correspondência trocada com familiares, amigos e até mesmo com Harry Hinton, seu patrão e amigo, livros de notas, que são quase um diário da atividade profissional de Higino Ferraz, quer na Fábrica do Torreão, quer noutros contextos profissionais.
Este arquivo é procedente do Centro de Estudos de História do Atlântico – Alberto Vieira, constituindo o primeiro de vários conjuntos documentais de arquivo ali depositados que é objeto de organização, tratamento e divulgação por parte da DRABM. O fundo documental ficará disponível para consulta presencial a partir do próximo dia 17 de fevereiro.
João Higino Ferraz nasceu em 12 de outubro de 1863, no Funchal. Estudou em Lisboa e trabalhou a pedido do seu tio, Severiano Alberto Ferraz, na fábrica da Ponte Nova, a qual dirigiu, de 1882 a 1886, após o falecimento daquele tio.
A doença da cana-de açúcar e as dificuldades financeiras resultaram na liquidação da sociedade “Ferraz Irmãos”, fundada pelo pai e tios de João Higino Ferraz, respetivamente, João Higino Ferraz, Severiano Alberto Ferraz e Ricardo Júlio Ferraz. Numa nota manuscrita, João Higino Ferraz revela que herdou do seu avô, Severiano Alberto de Freitas, um livro sobre a sua indústria de destilação de vinho da Madeira, xaropes de uva e refinação de açúcar de cana, antes da existência da fábrica da Ponte Nova. O seu avô – vítima do surto de cólera que assolou a Madeira em 1856 – fez um alambique a vapor e estabeleceu a primeira fábrica de açúcar no Funchal. João Higino Ferraz casou a 6 de junho de 1891, com D. Maria Elisa de Meneses Correia da Silva Acciaiuoli, de quem teve cinco filhos.

Retrato de João Higino Ferraz (três quartos), 1901. MFM-AV, em depósito no ABM, Photographia Vicente, n.º de inventário: VIC/33187 .
De 1888 a 1899 arrendou a fábrica da Ponte do Deão ao pai do amigo Joaquim Augusto de Sousa, Cristóvão de Sousa. Ingressa na fábrica do Torreão em 1899, como técnico industrial, perfazendo um total de 45 anos de trabalho ao serviço de Harry Hinton e da firma Hinton & Sons. Foi funcionário e acionista da empresa, tendo liberdade para fazer negócios. João Higino Ferraz entrou na Cooperativa do Torreão em março de 1916 com 10 ações de 10$00.
Além da atividade na fábrica do Torreão, João Higino Ferraz estabelece uma vinharia na Quinta do Seixeiro, Santo da Serra, onde desenvolve a sua arte de fazer bebidas, tais como: vinho, cerveja, cidra e até uma bebida designada VCM (vinho cidre malte). Faleceu no Funchal com 83 anos de idade, em 31 de julho de 1946.