ABM assinala centenário do nascimento de Max
O Arquivo Regional e Biblioteca Pública da Madeira (ABM) assinala o centenário de Max, com a apresentação de um conjunto de imagens do acervo fotográfico do Photographia-Museu Vicentes.
Maximiano de Sousa nasceu no Funchal a 20 de Janeiro de 1918. Estreou-se em 1927 e manteve-se ativo, como profissional, até 1980.
Max, nome artístico pelo qual ficaria célebre, exerceu a profissão de alfaiate, mas o ofício nunca o afastou da música. Em 1944 profissionalizou-se e, dois anos mais tarde, foi para Lisboa como vocalista do conjunto de Tony Amaral, grupo com o qual gravou o seu primeiro álbum, em 1949.
Consolidou a sua carreira artística em Lisboa, tornando-se conhecido pela interpretação das canções “Pomba branca, pomba branca”, “O Magala”, “Rosinha dos limões”, “Porto Santo”, entre outras. Max distinguiu-se também pela sua interpretação de fados.
Cantou de norte a sul do País em espetáculos que o tornaram popular com a interpretação de canções humorísticas como “A Mula da Cooperativa” ou de carácter mais folclórico como o “Bailinho da Madeira”.
Atuou na Emissora Nacional e noutras estações emissoras, gravou discos, participou em várias revistas como “Saias curtas” (1953), “Fonte Luminosa” (1956), “Elas são o espectáculo” (1963), “Pão, pão… queijo, queijo…” (1967), “Grande poeta é o Zé” (1968) e “Peço a palavra” (1969), e no filme “Bonança & Cª” (1969).
O sucesso alcançado a nível nacional impulsionou uma carreira internacional, com várias digressões ao estrangeiro. Frequentou os palcos de Espanha, Brasil, Estados Unidos da América, Argentina, África do Sul e Austrália.
Ao longo da sua carreira artística conquistou vários prémios e foi homenageado em diversas ocasiões. Destaca-se o tributo a Max feito pelo Governo Regional da Madeira, em 1979, com um espetáculo que celebrou o percurso de sucesso de um artista de excelência.
Faleceu no dia 30 de maio de 1980.