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Dia Regional dos Arquivos e do Património Documental
DRABL promove homenagem ao escritor João França

No âmbito do Dia Regional dos Arquivos e do Património Documental, a Direção Regional dos Arquivos, das Bibliotecas e do Livro (DRABL) promove a exposição João França – Um Escritor Madeirense. A abertura ao público está prevista para o dia 2 de julho, às 16h30, no Arquivo e Biblioteca da Madeira (ABM), seguindo-se uma mesa-redonda às 17h00 que junta investigadores, arquivistas e familiares do autor.

O evento constitui uma homenagem ao escritor, dramaturgo e jornalista madeirense João França, uma figura central da cultura literária regional.

A mostra patente no átrio do ABM reúne parte do espólio arquivístico e bibliográfico do autor e oferece uma visão representativa da sua produção literária, destacando o valor patrimonial e o potencial de investigação da sua obra.
Na mesa-redonda pretende-se abordar o legado de João França e o papel do património documental na valorização da literatura madeirense. São convidados a professora universitária Leonor Coelho, o investigador Duarte Mendonça, a arquivista Jenny Spínola e João Martins, familiar do escritor.

João França nasceu, em 1908, no Funchal e faleceu, em 1996, em Lisboa. Jornalista e escritor, deixa-nos um legado relevante no campo do património cultural e literário do século XX. Reconhecido pela sua produção romanesca e pelo seu contributo para o teatro, João França destaca-se, ainda, na poesia, na crónica e no trabalho que desenvolveu na Imprensa, quer na Madeira, quer em Portugal continental. Na ilha natal, trabalhou para vários jornais, tais como A IlhaComércio do Funchal e Re-nhau-nhau.
Em 1938, fixa residência em Lisboa. Na capital, começou por colaborar com os jornais A Noite e o Jornal da Tarde. A partir de 1944, começa a trabalhar no matutino O Século onde se afirmará como repórter internacional. Foi neste jornal que se cruzou com Aquilino Ribeiro, a quem solicitou o prefácio que acompanha o livro Ribeira Brava.

A exposição em sua homenagem ficará patente no átrio do ABM até ao final de outubro. O seu acervo documental e bibliográfico estará disponível à consulta nas salas de leitura do ABM.

Assinatura pública do auto de doação que formalizou a entrada do arquivo e biblioteca do escritor madeirense João França. O acervo foi entregue à Região pelo Sr. Ivo Sinfrónio Martins, sobrinho do escritor. 11 de outubro de 2016.

Dia Regional dos Arquivos e do Património Documental – 27 de junho
Resolução n.º 456/2020, de 15 de junho
Institui o dia 27 de junho, data da criação do Arquivo Distrital do Funchal, como o Dia Regional dos Arquivos e do Património Documental.

Considerando que o dia 27 de junho marca a data da criação, em 1931, do Arquivo Distrital do Funchal, foi instituído, nesta data, o Dia Regional dos Arquivos e do Património Documental. Ainda que a UNESCO, por iniciativa do Conselho Internacional de Arquivos, consagre o dia 9 de junho como Dia Internacional dos Arquivos, justificou-se criar uma data comemorativa para a Região Autónoma da Madeira, uma vez que esta é detentora de um vastíssimo património arquivístico e documental, de enorme riqueza, que representa o testemunho da memória coletiva de todos nós, passado de geração em geração.
Por outro lado, importa reconhecer a inegável importância da dimensão patrimonial dos arquivos, enquanto testemunho da história coletiva da Região e veículo da sua memória contínua. Os arquivos são fator de identidade, cultura, educação e conhecimento e, nessa medida, o património documental e arquivístico regional deve ser promovido como instrumento ao serviço da cidadania e da afirmação e projeção das gerações do presente e vindouras, ante os desafios globais com que a sociedade madeirense se depara.

A História da Saúde e da Doença em Portugal nos Séculos XIX e XX |

20 de junho de 2025 | 15h00 – 18h00 |

Centro de Estudos de História do Atlântico – Alberto Vieira (CEHA-AV)

No próximo dia 20 de junho de 2025, entre as 15h00 e as 18h00, a DRABL, através do Centro de Estudos de História do Atlântico – Alberto Vieira (CEHA-AV), acolhe o Seminário «A História da Saúde e da Doença em Portugal nos Séculos XIX e XX».
Pretende-se abordar e debater a saúde pública e as enfermidades em Portugal no século XIX e nos princípios do século XX.

Este seminário conta com a participação da Prof.ª Doutora Laurinda Abreu (Universidade de Évora), com um admirável percurso de investigação em Portugal no que concerne à temática em apreço, e do Dr. Nélio Pão, ex-colaborador do CEHA-AV e atualmente Chefe de Divisão de Desenvolvimento Económico-Cultural da Câmara Municipal de Santa Cruz, que tem se debruçado sobre História da Ciência e da Doença na Madeira nos séculos XIX e XX.
Deve ser referido que o seminário será gravado para posterior divulgação; as duas conferências que o compõem serão alojadas no canal do Youtube da DRABL.

Laurinda Abreu é Professora no Departamento de História da Universidade de Évora. Tem investigado e publicado sobre a história da assistência e da saúde em Portugal na época moderna, área onde também tem coordenado diversos projetos de investigação.

Na sua conferência, intitulada «Fome, Miséria e Epidemias em Portugal: Desafios Políticos e Estratégias de Intervenção (1850-1918)», Laurinda Abreu nota que a história de Portugal no século XIX e no início do século XX é marcada por surtos epidémicos, que revelam não só a fragilidade das infraestruturas de saúde como a extensão da miséria e da fome que afligiam as populações; evidenciam, igualmente, as dificuldades dos governos em implementar medidas eficazes de combate às crises sanitárias. Pretende realçar os indicadores socioeconómicos dos relatórios do Conselho de Saúde Pública da década de 1850, imprescindíveis nas decisões governamentais durante a crise de 1884-1886, e também as constantes interações entre os governadores civis e as autoridades locais com o poder central, nos meses decisivos de setembro a dezembro de 1918. O seu objetivo é avaliar como estes indicadores influenciaram as políticas de preparação e de resposta às crises sanitárias em ambos os períodos. Adicionalmente, questionar-se-á até que ponto as ações governamentais determinaram os resultados das duas emergências de saúde pública em análise.

Nélio Pão é licenciado em Biologia pela Universidade da Madeira. É Chefe de Divisão de Desenvolvimento Económico-Cultural da Câmara Municipal de Santa Cruz. Desenvolveu e publicou diversos estudos sobre a História da Ciência no Arquipélago da Madeira e, mais recentemente, sobre a primeira epidemia de cólera que afetou a região em 1856.
Na sua conferência «A Cólera (e Outras Doenças) no Arquipélago da Madeira (1826-1875)», Nélio Pão refere que a cólera, também conhecida como cólera morbus ou cólera-asiática, foi a epidemia dominante do século XIX. Na Madeira, o surto de 1856, responsável pela morte de mais de 7000 dos seus habitantes, foi, pelo seu carácter fulminante, a mais trágica epidemia a atingir este espaço arquipelágico. O palestrante pretende – a propósito desta epidemia e ainda, a título complementar, de outras doenças infecciosas – abordar a assistência hospitalar organizada, bem como as medidas preventivas e curativas divulgadas pela imprensa local da época, que visavam, sobretudo, sensibilizar e instruir a população sobre os comportamentos a adotar, minimizando assim os riscos de contágio e combatendo a epidemia. Simultaneamente, com recurso aos dados dos registos paroquiais de óbitos das freguesias de Machico, Porto Santo e São Martinho, pretende analisar os números de óbitos do ano de 1856, enquadrando-os no contexto da mortalidade do século XIX, de forma a compreender como esta epidemia afetou essas três freguesias, e identificar padrões e particularidades dos diferentes espaços. Esta análise permitirá uma compreensão mais aprofundada da resposta da sociedade local aos desafios de saúde pública da época, contribuindo para o conhecimento histórico das epidemias e das estratégias adotadas para a mitigação dos seus impactos.

Obra de Luís Lopes Vieira de Castro disponível em Domínio Público

Obra de Luís Lopes Vieira de Castro disponível em Domínio Público

A partir de 2025, a obra de Luís Lopes Vieira de Castro está em domínio público.
A DRABL disponibiliza um conjunto de títulos, de sua autoria, sobre as áreas da História e da Política, bem como alguns ensaios, dos quais destacamos Limbo: com uma carta de Luzia”

Outras obras em linha
A Europa e a republica portuguesa

A formação de Portugal

A hora internacional e a nacionalidade portuguêsa

A noiva de dois reis

D. Carlos I

Em pé de guerra

Homens e livros

Luís Lopes Vieira de Castro (1878 – 1954)
Nasceu no Funchal, a 10 de maio de 1898 e faleceu em Lisboa a 7 de novembro de 1954. Cursou o Liceu no Funchal e licenciou-se em direito pela Universidade de Lisboa. Durante o seu percurso de vida foi escritor, jornalista e deputado.
No Funchal fundou e dirigiu o Jornal da Madeira em 1923 e o “Jornal” em 1927, dirigiu o Correio da Madeira em 1928 e colaborou no Diário de Notícias, Heraldo Madeira , O Povo, e o O desporto.
Pertenceu à Academia Portuguesa de História, organizou o Congresso do Mundo Português, em 1940 e foi condecorado com a Medalha do Rei, pelo Rei Jorge de Inglaterra.

Nota biobibliográfica: Castro, Luís Lopes Vieira de
 PT/ABM/LMR/A/001/00002/000207

Seminário DRABL/CEHA-AV | A História da Assistência Social em Portugal no Antigo Regime | 23 de maio | 15h00

No próximo dia 23 de maio, entre as 15h00 e as 18h00, o Centro de Estudos de História do Atlântico – Alberto Vieira (CEHA-AV) acolhe o Seminário «A História da Assistência Social em Portugal no Antigo Regime».

O evento decorre no auditório do CEHA-AV, com entrada livre. Será conduzido pela Prof.ª Doutora Maria Marta Lobo de Araújo (Universidade do Minho) e terá a presença do do Dr. Filipe dos Santos, Diretor de Serviços do CEHA-AV.
Este seminário pretende contribuir para a divulgação e discussão de tópicos relacionados com a Assistência Social na Idade Moderna.
Na sua conferência, intitulada «A Assistência Hospitalar Portuguesa na Idade Moderna», Maria Marta Lobo de Araújo procurará analisar a assistência prestada aos enfermos nos hospitais portugueses da Idade Moderna, destacando as suas vertentes principais: curar as feridas do corpo e sarar os males da alma, numa ação integrada e complementar disponibilizada por estas instituições.
Na sua conferência «O Recolhimento do Bom Jesus no Funchal nos Séculos XVII e XVIII – Contributos para a sua História», Filipe dos Santos abordará múltiplos tópicos e problemáticas: o contexto geral da assistência na Época Moderna no Mundo Português, após o Concílio de Trento; os contornos da fundação do Recolhimento do Bom Jesus; a figura do fundador, o arcediago Simão Gonçalves Cidrão; o desiderato, não concretizado, de que o Recolhimento se tornasse casa professa ou convento; a tutela institucional e administrativa sobre a instituição; o perfil socioeconómico das recolhidas; vários aspetos do quotidiano nos séculos XVII e XVIII.

O evento será gravado para posterior divulgação, sendo que as três conferências que o compõem serão alojadas no canal de Youtube da DRABL.

Mês do Livro | DRABL apresenta exposição sobre Deveres Humanos

A DRABL abre ao público, a partir de 23 de abril, a exposição sobre “Deveres Humanos”, recebida a título de empréstimo numa parceria com a Fundação José Saramago.
Nesta exposição patente no Arquivo e Biblioteca da Madeira são apresentados vários painéis, onde constam os textos da proposta de Declaração de Deveres Humanos e imagens do fotógrafo Gervasio Sánchez. O design gráfico da mostra ficou a cargo do atelier Silvadesigners.
Pretende-se com este projeto expositivo promover a compreensão dos direitos reconhecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e, nesse sentido, incentivar a reflexão sobre as obrigações éticas indispensáveis a um Estado de Direito. Além disso, procura-se sensibilizar para a importância do respeito e da proteção da diversidade cultural e linguística, bem como da memória coletiva e do património cultural dos povos. Em paralelo, é fundamental promover o papel das bibliotecas públicas como veículo de acesso à informação, ao conhecimento e à cultura, apoiando, desta forma, a aprendizagem ao longo da vida e o desenvolvimento cultural da comunidade.
A DRABL associa a esta proposta a instalação de 17 cubos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, conhecidos como “Cubos ODS”. Os ODS promovem a educação, a inclusão, a participação, o desenvolvimento cultural e o acesso à informação, contribuindo para sociedades mais equitativas, humanas e sustentáveis.
A exposição ficará patente até 14 de junho tendo com público-alvo preferencial os profissionais do livro e da leitura, a comunidade educativa e comunidade em geral.
Para ver até 14 de junho.

DRABL disponibiliza relatórios de atividades da  Delegação de Turismo da Madeira (DTM)

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