DRABM apresenta exposição e mesa-redonda “50 Anos da Revolução de Abril na Madeira: Um percurso pela Coleção de Folhetos Políticos do Arquivo e Biblioteca da Madeira”
No âmbito das Comemorações da Revolução de Abril de 1974, a Direção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira (DRABM) associa-se a esta efeméride com a divulgação da sua Coleção de Folhetos Políticos (CFOLP).
No próximo dia 14 de junho, às 17h30, abre ao público a exposição “50 Anos da Revolução de Abril na Madeira: Um percurso pela Coleção de Folhetos Políticos do Arquivo e Biblioteca da Madeira”. Segue-se uma mesa-redonda no auditório do Arquivo e Biblioteca da Madeira (ABM) que promoverá um debate em torno do 25 de Abril e das suas especificidades no contexto político e social madeirense. A conversa será moderada por José Vieira Gomes, diretor de serviços de Gestão e Tratamento de Arquivos da DRABM e terá como convidados os investigadores Paulo Rodrigues, Bernardo Martins e Fernando Pimenta, além da bibliotecária do ABM, Patrícia Velosa.
A Coleção de Folhetos Políticos reúne um total de 1233 documentos descritos e digitalizados (4305 réplicas digitais) de natureza política, propagandística e de divulgação de atividades desenvolvidas no arquipélago da Madeira por uma série de coletividades pró-independência e/ou pró-autonomia, bem como por movimentos operários, sindicais, estudantis e partidários, durante o conturbado período político-revolucionário subsequente à Revolução dos Cravos de 1974 e até 1980.
O acervo contempla ainda um restrito número de 6 folhetos, com data de produção anterior a 1974, sendo o mais antigo datado de 1929.
É de salientar que se encontram extintas muitas das organizações presentes nesta coleção, enquanto outras naturalmente se mantêm ativas. Esta é uma documentação pouco conhecida e explorada pelo investigador de história contemporânea da Madeira, talvez como resultado da própria fragilidade e raridade deste material panfletário, por vezes produzido clandestinamente para circular de mão em mão ou distribuído pela via pública. Com uma temática política e social amiúde polémica ou fraturante, em particular no contexto da sua época, esta coleção afirma-se como fonte de informação relevante e diferenciada para o conhecimento da história mais recente do arquipélago da Madeira.
A exposição ficará patente no átrio do ABM até ao final de outubro.