A Semana Internacional de Educação Artística “é uma oportunidade para promover a aprendizagem com e através das artes, de modo a melhorar a qualidade e a relevância dos nossos sistemas educativos, fomentar o pensamento criativo e aumentar a resiliência”.

Para assinalar esta data, instituída pela UNESCO, o Arquivo e Biblioteca da Madeira (ABM) escolheu a Música, de entre as várias manifestações artísticas, como mote para a divulgação do seu acervo documental e bibliográfico.

Semana Internacional de Educação Artística: 25 a 31 de maio de 2020
Mensagem da Diretora-Geral da UNESCO, Audrey Azoulay

A Música na Madeira: bibliografia para o seu estudo

Consulte a bibliografia completa existente no catálogo do ABM.

Joaquim Augusto de Sousa

Série fotográfica de músicos e bandas filarmónicas

Joaquim Augusto de Sousa nasceu a 6 de março de 1853 no Funchal. Enquanto frequentava o Liceu Nacional do Funchal terá editado, em 1872, o primeiro álbum de fotografias da Madeira. Presume-se que tenha continuado a fotografar de forma intensa, visto que na década de 1880 recebeu várias medalhas e menções honrosas pelos seus trabalhos fotográficos. Embora seja considerado um dos principais fotógrafos amadores da Madeira, Joaquim Augusto de Sousa teve uma breve incursão na exploração de um estúdio profissional de fotografia que terminou em 1892. Em 1901 acompanhou a visita dos reis de Portugal à Madeira. Joaquim Augusto de Sousa foi um dos maiores fotógrafos amadores da sua geração e uma personalidade reconhecida e admirada pela sociedade madeirense. Faleceu a 18 de novembro de 1905, tendo sucumbido a febre tifóide, segundo as notícias da sua morte nos periódicos madeirenses “Heraldo da Madeira” e “O Diário do Comércio”.

Este fundo reúne fotografias da autoria e acumuladas por Joaquim Augusto de Sousa e pelos seus descendentes entre a década de 1870 e a década de 1950. Embora se trate de um arquivo fotográfico de um fotógrafo amador, possui não só uma grande dimensão física – 1709 imagens – como também uma enorme diversidade de temas/objetos fotografados.

Selecionamos a série de retratos de músicos e bandas filarmónicas.

O fundo fotográfico de Joaquim Augusto de Sousa está disponível ao público em formato digital.

Integra o acervo do Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicente’s, em depósito no ABM.

Explore também o dossiê que contém uma seleção do trabalho do fotógrafo.

A música na literatura

Descubra algumas obras de ficção – presentes no nosso catálogo – onde a música tem um papel preponderante.

  • Nocturnos
    de Kazuo Ishiguro
    Coleção de contos escrita como uma peça musical em cinco movimentos, que inicia e termina em Itália, como um ciclo. Em cada história encontramos música e um “anoitecer” de relacionamentos ou aspirações.

  • Doutor Fausto
    de Thomas Mann
    Esta é a história do compositor Adrian Leverkühn que, após criar uma música radicalmente nova, abala o panorama artístico da sua época. Ambicionando mais, e tal como o Fausto da lenda, entrega a sua alma em troca de 24 anos de completa genialidade. Nasce assim uma profunda meditação sobre a identidade alemã e as responsabilidades de um verdadeiro artista.

  • O violoncelo de Sarajevo
    de Steven Galloway
    Durante o cerco a Sarajevo, um violoncelista assiste da janela a um tiroteio. Várias pessoas são mortas e, em sua homenagem, o violoncelista decide tocar sentado no meio da rua o Adágio de Albinoni durante 22 dias seguidos e sempre à mesma hora.

  • O afinador de pianos
    de Daniel Mason
    Edgar Drake, um jovem afinador de pianos, é enviado, no final do século XIX, pelo Ministério da Guerra britânico, para a selva da Birmânia, onde um raro piano necessita de afinação. Na sua viagem, através de um mundo até aí totalmente desconhecido, Edgar vai encontrar uma realidade mais misteriosa e perigosa do que alguma vez poderia imaginar.

  • O náufrago
    de Thomas Bernhard
    Este livro centra-se na relação ficcional entre o pianista Glenn Gould e dois dos seus discípulos. Ambos sentem-se tentados a renunciar às suas ambições musicais, perante a genialidade do mestre. Um suicida-se, e o outro, o narrador, abandona a música e cai na obscuridade. Uma brilhante reflexão sobre o sucesso, a genialidade e a fama.

  • Amesterdão
    de Ian McEwan

    Dois amigos, um compositor e um editor, após o funeral de Molly Lane – ex-amante de ambos – fazem um pacto. No entanto, não previram as consequências que o mesmo poderia ter nas suas vidas.

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  • Nem todas as baleias voam
    de Afonso Cruz
    Erik Gould, um pianista que vê sons, pai de um rapaz que vê pessoas e coisas que não existem, procura a melhor forma de lidar com a súbita partida da mulher, que desapareceu de um dia para o outro. Será o filho de ambos, Tristan, cansado de procurar a mãe entre as páginas de um atlas, que encontrará dentro de uma caixa de sapatos um caminho para recuperar a alegria.

  • Alta fidelidade
    de Nick Hornby
    Será possível partilhar a vida com alguém que tem uma coleção de discos absolutamente incompatível com a nossa? Valerá a pena conhecer algumas pessoas, apesar do seu evidente mau gosto? As canções sobre a tristeza, a solidão e os corações destroçados serão prejudiciais, quando consumidas em excesso? Para Bob Flemming, 35 anos de idade, viciado em música pop e proprietário de uma loja de discos quase falida, este é o tipo de questões que precisam de resposta, e depressa.

Explore o catálogo para descobrir mais.

Saiba como pesquisar e selecionar livros para empréstimo através do nosso tutorial.

Grupo Musical Passos de Freitas

O grupo musical de bandolins foi fundado e dirigido por Manuel dos Passos Freitas, com atividade entre aproximadamente 1906 e 1960. Na década de 1910, o grupo teve uma atividade relativamente intensa, apresentando-se em diversos espaços do Funchal e alcançando também enorme sucesso nas ilhas Canárias, onde se deslocou por duas vezes.
Estima-se que em 1915, a partir da formação original, tenha surgido um pequeno núcleo de músicos com o propósito de tocar mais assiduamente e num maior número de situações. Denominaram-se Grupo Musical Passos de Freitas e acabaram por ter maior projeção e fama que o grupo original. Teve várias formações no decorrer da sua longa existência e ficou famoso, principalmente pelos discos que gravou numa viagem que realizou a Londres, em 1928.

Fonte:

ESTEIREIRO, Paulo, 2016, Manuel dos Passos Freitas, disponível em http://aprenderamadeira.net/freitas-manuel-dos-passos/, consultado em 2020-05-20.

Estas imagens integram o acervo do Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicente’s, em depósito no ABM.

Consulte a nota biobibliográfica de Manuel dos Passos de Freitas.

Leituras musicais para miúdos e graúdos

A partir da seleção acima, destacamos a obra A Orquestra através de uma proposta de exploração de leitura, dirigida a crianças e pais.

Espólio do Engenheiro Luiz Peter Clode, Composições musicais, Fantasia em La b. Souvenir de Liszt op.31, [1943], 710-711 (Cx.39).

Leitura complementar

GOMES, José Vieira, FREITAS, Inez Clode, 2005, Luiz Peter Clode e o espólio legado ao Arquivo Regional da Madeira, Funchal, Secretaria Regional do Turismo e Cultura.

Espólio José de Saint-Trueva, Sociedade de Concertos da Madeira e Pró’ Arte, Programa de concerto, 1946-01-05, cx. 8, n.º 33.

Excerto de artigo da revista Xarabanda

CAMACHO, Rui, TORRES, Jorge, 1994, «Como se faz um brinquinho», in Xarabanda, n.º 5 (1.º semestre), Funchal, pp. 3-7.

CAMACHO, Rui (fot.), 1995, Rajão, Funchal, Associação Musical e Cultural Xarabanda, postal.

Livro antigo impresso proveniente da coleção Luiz Peter Clode.

Nova instrucção musical, ou theorica prática da musica rythmica, com a qual se forma, e ordena sobre … offerecida ao muito poderoso e Fidelissimo Rei Nosso Senhor D. José I, de Francisco Inácio Solano, impressa em 1764.

Saiba mais sobre a coleção e a obra.

Espólio José de Saint-Trueva, Partitura musical intitulada “Corolas que Floristes” autografada pelo músico e compositor Fernando Lopes-Graça. 1969-03-24, cx. 8, n.º 2.

Sol e gelo
Eugénia Rego Pereira
1932
Manuscrito

Ligação ao documento.

Fantasia em três actos e cinco quadros, com música de César Gonçalves, cenários de Henrique Martins e de Alberto Freitas.

A obra teatral de Eugénia Rego foi representada no Teatro Municipal do Funchal, com intuito recreativo, durante três décadas. Os dez volumes inéditos e manuscritos contêm dezoito peças e um conjunto de oito poemas.
Explore a restante série documental de Teatro e Poesia de Eugénia Rego Pereira.

Leitura complementar

TEIXEIRA, Maria Mónica, BARROS, Fátima, 2016, Arquivos de escritores e investigadores madeirenses: instrumentos descritivos, Funchal, Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura, Direcção Regional da Cultura, Arquivo Regional e Biblioteca Pública da Madeira, pp. 258-277.