A pandemia de Sars-Cov-2 chegou a Portugal no início de março de 2020. No dia 18, foi decretado o estado de emergência, pelo Presidente da República, através do Decreto n.º 14-A.
No mês em que a presença do flagelo perfaz um ano na Madeira, a DRABM fez uma imersão no passado e destaca, numa cronologia, as epidemias que marcaram a História da Madeira – Peste (1521-1538), Cólera morbus (1856), Peste bubónica (1905) e Cólera (1910). A esta linha temporal acrescentamos a descrição da conjuntura em que cada uma delas surgiu, incluindo informações clínicas, o (possível) trajeto das cadeias de transmissão, as medidas de combate às epidemias, adotadas por governantes e médicos, notas da imprensa regional, curiosidades e algumas imagens.
Optamos por proporcionar informações referentes aos surtos epidémicos que não tiveram causas locais.
Ao longo dos tempos vários surtos assolaram a ilha. Em 1521, surgiu o 1.º surto de peste. Entre o século XIX e XX ocorreram dois contágios de cólera, intercalados pelas epidemias endémicas como a varíola, sarampo, tosse convulsa, difteria, gastrites, gripes e disenterias. Estas doenças, associadas às calamidades sociais -alcoolismo, insalubridade, miséria e fome – marcaram presença constante na História da Madeira e contribuíram para um aumento significativo das taxas de mortalidade. Como se não bastasse, uma terceira epidemia emergiu entre os dois surtos de cólera – a peste na variante bubónica.